quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Anos 70 - Crise e cores

Aloha!

Esperança e caos, corrupção e autoristarismo, crise e cores, amadurecimento e distorção, gliter e gangsters.

  • Independência das Colónias Portuguesas em África
Na região central do  continente africano, o processo de descolonização já ocorria desde o finalzinho da dácada de 50, como é o caso de Marrocos, Tunísia e Guiné (Senegal,  Madagásca, Costa do Marfim, República do Congo e Camarões são alguns dos que se libertram ao longo dos anos 60), com uma mãozinha da Conferência de Bandung, em 1955, na Indonésia, que "pregou" respeito aos direitos fundamentais e à soberania das nações, entre outras coisas do tipo.

A Conferência de Bandung marcou a chegada dos povos do Terceiro Mundo à cena política internacional. A partir desta altura, mais de metade da população do globo começou a atuar no palco internacional como força política ativa e com uma consciência de identidade coletiva mais madura.
www.infopedia.pt



Mááááássssss...
Portugal insitia em não abrir mão de suas colônias na África. Até que em 25 de Abril de 1974, um golpe de Estado depôe o regime ditatorial e implanta o democrático. O peisódio, que ficou conhecido como Revolução dos Cravos, acelerou o processo de Independência na África e, em meio a assoladoras guerras civis, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Principe


República de Moçambique


  • Watergate
Resumindo:
Em 72, cinco pessoas foram flagradas instalando escutas no escritório do Partido Democrata em plena campanha eleitoral para presidência dos EUA. Por meses o Washington Post analisou o 'Caso Watergate' e descobriu, por meio de investigaçãoes dignas de Hollywood, com informante de nome falso e tudo, que o contratador dos arrombadores era ninguém menos que o presidente Richard Nixon, canditado a reeleição pelo Partido Republicano, não por acaso opositor aos Democratas...

Richard Nixon

O tal informante de nome falso acabou entrando para história americana com a fonte mais secreta dos últimos tempos. Só em 2005, 33 anos depois (!), o Garganta Profunda (parece ou não nome de vilão hollywoodiano?) revelou ser Mark Felt, um dos chefões do FBI à época.

E não fui a única a perceber um quê de suspense policial no fato. "Todos os Homens do Presidente", sob direção de Alan J. Pakula, levou 4 estatuetas do Oscar. Em "Nixton",  o presidente é interpretado por Anthony Hopkins. Até Forrest Gump - Um Contador de Histórias menciona o caso - distorcendo um pouquinho, mas tudo bem...

Dustin Hoffman e Robert Redford na pele dos reporteres que "desvendaram"  o caso Watergate, em Todos os Homens do Presidente

  • Guerra Civil em Angola e Moçambique
Na África, Angola e Moçambique, independentes de Portugal desde 1975, haviam feito a opção pelo socialismo. Mas as dificuldades para alcançar um grau mínimo de desenvolvimento eram enormes. Em Angola, os problemas vinham sobretudo da guerra civil travada contra um movimento de oposição armada, a Unita (União para a Independência Total de Angola). Em Moçambique, eram dois os obstáculos principais: um, a guerra de guerrilhas desenvolvida contra o governo e contra a própria população pela Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), ligada a antigos proprietários portugueses e a interesses da África do Sul; outro, não menos cruel, a seca (e a fome dela resultante).
www.aticaeducacional.com.br
Jonas Savimvi, político e guerrilheiro angolano  

  • Anos de Chumbo
Quem não ouviu falar em Aos de Chumbo ou matou aula de história ou ainda vai ouvir. Então, para não estragar a surpresa... uma letra da época (que adóóóro!!!)
     
Cálice
(Chico Bueaque e Gilberto Gil)
sempre achei que a parceria fosse com Milton...

Pai, afasta de mim este cálice,
Pai, afasta de mim este cálice,
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho, tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta

De que me vale ser filho da santa (cale-se)
Melhor seria filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Deixa eu lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado

Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa


De muito gorda a porca já não anda (cale-se)
De muito usada a faca já não corta (cale-se)
Como é difícil pai, abrir a porta, (cale-se)
Essa palavra presa na garganta (cale-se)

Esse pileque homérico do mundo (cale-se)
De que adianta ter boa vontade (cale-se)
Mesmo calado o peito, resta a nuca (cale-se)
Dos bêbados do centro da cidade (cale-se)

Talvez o mundo não seja pequeno (cale-se)
Nem seja a vida um fato consumado (cale-se)
Quero inventar o meu próprio pecado (cale-se)
Quero morrer do meu próprio veneno (cale-se)

Quero perder de vez tua cabeça (cale-se)
Minha cabeça perder teu juízo (cale-se)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (cale-se)
Me embriagar até que alguém me esqueça (cale-se)




  • A Crise do Petróleo
A crise do petróleo volta a assolar o mundo. Provocada pelo embargo da OPEP (Oraganização dos Países Exportadores de Petróleo) aos Estaites e à Europa,
um dos seus objetivos seria aumentar o PIB dos países membros.
A partir da década de 70, descobriu-se que o petróleo é uma fonte esgotável, essa descoberta elevou o preço do produto, em pouco mais de sete anos o preço do barril de petróleo praticamente triplicou.
Isso provocou o aumento do valor de um produto primário dos países subdesenvolvidos, superando os produtos industrializados oriundos de países desenvolvidos.
 Foram vários os fatores que propiciaram a elevação do preço do petróleo, entre eles, a formação da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), formada pelos principais produtores de petróleo do mundo para unificar o preço do produto, promovendo assim um cartel internacional, além de controlar a oferta do produto no mercado.
O petróleo também serve como instrumento político para exercer pressão sobre as grandes potências mundiais.
Estados Unidos e Europa apoiaram Israel na guerra contra os Árabes, fornecendo armamentos, isso irritou os países Árabes, que utilizou o petróleo como meio de atingir as nações que apoiava Israel diminuindo a produção e elevando os preços.
O Brasil, após experimentar taxas impressionantes de crescimento econômico durante os anos do “milagre”, deparou-se com uma situação de restrição externa provocada pela 1ª crise do petróleo. A partir de 1973 o país começou a registrar vultosos déficits no Balanço de Pagamentos, em virtude da escalada dos preços internacionais do petróleo.
Os choques do petróleo e os altos preços sacudiram a indústria nacional, forçando grandes investimentos na prospecção de jazidas em território brasileiro para reduzir a dependência externa. Os primeiros frutos surgiram em 1981, quando a produção marítima superou a terrestre e, em 1984, quando a produção brasileira se iguala à importada, com meio milhão de barris diários.
www.ebah.com.br






  • Música Disco
A música disco (também conhecida em inglês disco music ou em francês discothèque) é um estilo musical e de dança criado no início dos anos 70, principalmente a partir de de estilos como o funk, soul e a salsa.
Inicialmente, popularizou-se entre latino-americanos e negros nas grandes cidades norte-americanas. Deriva seu nome da palavra francesa discothèque, que denotava um clube noturno ou boate com música tocada em discos em vez de bandas ao vivo, algo excepcional à época. O nome "disco music" passou a abranger as variedades mais aceleradas e dançantes do soul e do funk, com alguma influência do pop e da salsa.
Como todos os gêneros musicais similares, definir um único ponto de início é difícil, uma vez que muitos elementos daquilo que hoje se chama "disco music" aparecem em gravações bem anteriores ao seu "boom" (como exemplo, a gravação de 1971 do tema do filme Shaft, feita por Isaac Hayes). Em geral se pode dizer que os primeiras músicas disco' surgiram em 1973, no entanto muitos consideram a música "Soul Makossa", do africano Manu Dibango (lançada em 1972) como o primeiro sucesso da "disco music" (cf. Jones and Kantonen, 1999). No começo, a maioria das músicas era consumida por pequenas audiências, em clubes noturnos e de dança, e não por um público mais amplo, ouvinte de rádio.
Entre as tendências sociais que contribuíram para o crescimento da disco music estão o aumento de consumo de gravações musicais entre negros e hispânicos acima do consumo do público branco, além do aumento da independência financeira das mulheres, da liberação gay e a revolução sexual (conforme Jones and Kantonen, 1999).
Manu Dibango, provável precurssor da Disco Music
Entre as influências musicais que a disco recebeu estão o funk, o soul, a salsa e os ritmos musicais latinos ou hispânicas que originaram a salsa.
Alguns singles que foram sucessos mas não conseguiram muito destaque começaram com Shirley Co. (Shame Shame, Shame), George McCrae (Rock me Baby)em 1974.
No ano de 1975 é que a "disco' music" realmente decolou, com sucessos como "The Hustle" (de Van McCoy) e o primeiro sucesso de Donna Summer, "Love To Love You Baby" (gravado na Alemanha) atingindo os primeiros lugares.
Em 1975 ocorreu o primeiro grande sucesso da Disco com KC & the Sunshine Band (Shake your Booty e That´s the Way- I like it). Neste mesmo ano teve o lançamento do primeiro "disco mix" (música remixada por um disc-jóquei), com a música de Gloria Gaynor "Never Can Say Goodbye".
(...)
Donna Summer
O grupo sueco ABBA, que inicialmente fazia um gênero romântico, também embarcou no "fenômeno disco'", com Dancin' Queen, Money, Money, Money, Gimme, Gimme, Gimme, Super Trouper, Voulez-vous e outras.
A popularidade do estilo atingiu o auge na chamada Era Disco, entre 1977 e 1979/1980, em parte devido ao filme de 1977 "Saturday Night Fever", com John Travolta (traduzido no Brasil como "Os Embalos de Sábado à Noite"). Este filme também foi responsável pela taxação do grupo Bee Gees como artista disco', taxação esta fundamentada nos sucessos disco' do grupo que estiveram na trilha sonora do filme, como Stayin' Alive, You Should Be Dancing e Night Fever, além de Tragedy, que é posterior ao filme.

Bee Gees
O fenômeno disco' também aumentou a popularidade de algumas formas de dançar pré-coreografadas. Até no Brasil o estilo deixou sua marca, com a novela Dancin' Days, da Rede Globo de Televisão (em 1978) e o efêmero sucesso do grupo As Frenéticas.
O mais interessante da Era Disco, é que não somente havia um estilo de música, mas um estilo de vida, uma moda em torno disso tudo. As pessoas não estavam preocupadas com o amanhã e sim com o hoje, portanto a pista de dança, era o local ideal para "soltar" todas as repressões e se libertar, em todos os sentidos.
A moda ultrapassava o limite do ridículo, com sapatos plataformas (quanto maior melhor) tanto para homens como mulheres. Calças boca-de-sino e golas gigantescas das camisas de popeline estampadas (novidade na época).

tourolouco.wordpress.com
Aliás, o filme não importante apenas por ter sido um sucesso de bilheterias no mundo inteiro. A Disco Music andava cambaleando, meio capenga... Até John Travolta resolver o problema com uma jogadinha de braço: A salvação da Discothéque vem das telonas! Símbolo incontestável da disco music, o filme lançou até verbo: travoltear!
Tony Manero "travolteando"

E é também nos anos 70, em 1799, na verdade, que eterno Rei do Pop lança uma de suas pérolas, o Off The Wall, disco que traz mega-hits do cantor, como "Don't Stop 'Til You Get Enough" e "Rock With You".

  • Rock e suas vertentes
A incorporação de instrumentos de música erudita no rock já havia se iniciado dos anos 60, mas só ganhou ares de movimento (também derivado da psicodelia sessentista) no início dos anos 70, no que é conhecido como rock progressivo. Diversos artistas se reuniram na proposta, sendo os de grande destaque Pink Floyd, com The Dark Side of the Moon, John Lennon, Genesis, Yes, Jethro Tull, Emerson, Lake & Palmer, os alemães do  Kraftwerk e italianos do Formula Tre, Rush, da cena Canadense. No Brasil, destaque para Rita Lee & Tutti Frutti.
Surge o glam rock, onde o chique e o glamour faziam parte do visual. David Bowie, com o seminal disco The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars
 A aceleração e distorção do blues, dando origem ao hard rock, também havia se iniciado ainda nos anos 60, mas foi na década de 70 que ela surgiu com toda a força. Led Zeppelin, Deep Purple e KISS são destaques. Na relação rock e blues, os Rolling Stones têm a sua fase mais criativa no início da década.
O fim dos Beatles foi emblemático do fim de mais uma era no rock. Haviam sido talvez a banda que mais ajudara na transição entre o rock básico de letras simples dos primeiros tempos ao rock mais complexo e sério musicalmente e liricamente. Não mais apenas diversão e produto de consumo o rock era definitivamente encarado como expressão artística e social.
O publico de rock se dividia em duas frentes, a dos adolescentes mais interessados nos hits singles de bandas teoricamente "descartáveis" e a dos já amadurecidos rockers dos primeiros tempos, em busca de experimentação, letras elaboradas, álbuns completos.
O rock progressivo começava a se apresentar ao grande público e Greg Lake, após abandonar a banda King Crimson, formava a clássica banda Emerson, Lake & Palmer (acompanhado de Keith Emerson e Carl Palmer), cativando um público cada vez mais sério. O álbum Deja Vu de Crosby, Stills, Nash & Young, é o mais vendido do ano nos estados unidos. Com a aquisição do baterista Phill Collins a banda Genesis iniciava sua careira de sucesso.
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Emerson, Lake & Palmer
Em 1975, paralelamente ao rock elaborado das bandas progressivas ou de hard rock (o Queen lançava seu excelente primeiro disco auto-entitulado) e ao rock comercial glam, surgia nos pequenos bares e casas de show dos Estados Unidos um movimento musical underground marcado por descompromisso e cheio da autenticidade e da real rebeldia que faltava a estes primeiros. Em pequenos locais (como o emblemático CBGB em New York) bandas como Blondie e Ramones. O estilo era marcado pelo "do-it-yourself" (o lema punk: Faça você mesmo!), a possibilidade de qualquer um (mesmo que não sabendo tocar) montar uma banda.
Foi responsabilidade de Malcon McLaren, até então dono de uma loja de roupas de couro (de certa forma uma sex shop) em Londres, o aproveitamento do novo estilo como algo comercial. Não tendo sido bem sucedido em empresariar a banda americana New York Dolls (que já estavam em franca decadência), McLaren voltou a Londres com a finalidade de montar ele próprio uma banda usando o padrão que havia conhecido nos Estados Unidos. Entre clientes de sua loja recrutou quem tivesse os parcos conhecimentos musicais necessários para formar a banda Sex Pistols. Acrescentaram à música simples e alucinada dos punks americanos letras anarquistas e mais agressivas. Seu primeiro hit foi Anarchy In The Uk, em 1975.
Sex Pistols
O punk criado nos estados unidos e popularizado na Inglaterra (onde logo viria a se tornar um movimento social do proletariado e não mais apenas um estilo musical) foi uma resposta necessária ao rock que estava se levando a sério demais, aos álbuns duplos conceituais, aos solos de dez minutos e às bandas que perdiam de vista o caráter de diversão do rock. O punk embora considerado por muitos anti-música foi na pior das hipóteses um mal necessário para mostrar e conter alguns exageros do progressivismo.
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Mas o punk e a new wave não eram a única alternativa à onda "disco" que assolava a música. Começava a se formar na Inglaterra com bandas como Judas Priest, Samsom e principalmente Iron Maiden o que viria a ser conhecido como New Wave Of British Heavy Metal, a resposta do som pesado e elaborado à sonoridade simples do punk. O hard rock também dava sinais de renovação com o primeiro álbum auto-entitulado da banda Van Halen em 1978.
whiplash.net

  • Cinema
Em 1971, Woody Allen lançou “Bananas”, filme que anunciou a renovação que o cinema norte-americano passaria nos anos 70. Na década, surgiram alguns dos mais inspirados diretores contemporâneos como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, George Lucas e Steven Spielberg. De um cinema adulto com filmes que mergulharam nas almas de seus personagens, como “Sob o Domínio do Medo” (dir. Sam Peckinpah, 1971), “Laranja Mecânica” (dir. Stanley Kubrick, 1971), “O Poderoso Chefão” (dir. Francis Ford Coppola, 1972), “Taxi Driver” (dir. Martin Scorsese, 1974) e “Apocalypse Now” (dir. Francis Ford Coppola, 1979), a década terminou com o domínio do cinema feito para adolescentes. Teve também o sucesso dos “filmes de catástrofes”, como “Aeroporto” (dir. George Segal, 1970), “Terremoto” (dir. Mark Robson, 1974) e “Inferno na Torre” (dir. John Guillemin e Irwin Allen, 1974).
Laranja Mecânica
Apesar de tantos clássicos produzidos por aqueles que estariam entre os maiores diretores de todos os tempos, um filme símbolo dos anos 70 é aquele que alimentou a febre da onda das discotecas. “Os Embalos de Sábado à Noite” (dir. John Badham, 1977) traz John Travolta no papel de Tony Manero, um jovem que trabalha como balconista, sem perspectivas, que encontra sentido para sua vida apenas nas pistas de dança das discotecas de Nova Iorque.
No Brasil, os filmes do “cinema da Boca” e os patrocinados pelo mecenato estatal da Embrafilme mostravam as duas faces da produção cinematográfica nacional. De um lado um cinema marginal representado por diretores como Ozualdo Candeias, Rogério Sganzerla, Carlos Reichenbach, David Cardoso e José Mojica Marins, o Zé do Caixão. De outro, os filmes produzidos pela Embrafilme dos diretores Cacá Diegues, Nélson Pereira dos Santos, Hector Babenco, Neville de Almeida, Arnaldo Jabor e Bruno Barreto, entre outros. O resultado ia de filmes escrachados como “Bacalhau” (dir. Adriano Stuart, 1975), uma sátira do sucesso “Tubarão” (dir. Steven Spielberg, 1975), ao cinema autoral de Walter Hugo Khoury , além de uma vasta produção de pornochanchadas, como “O Bem Dotado, o Homem de Itu” (dir. José Miziara, 1978).
pessoas.hsw.uol.com.br

E como é de praxe, uma listinha das melhores produções da década, desta vez, segundo o blog "O Mundo dos Cinéfilos"

O Último Tango em Paris
Monty Python em Busca do Cálice Sagrado
Taxi Driver
O Poderoso Chefão
Amarcord
Apocalypse Now
A Última Sessão de Cinema
Bye Bye Brasil
Noivo Neurótico, Noiva Nervosa
Operação França




  • Moda e Comportamento
A década de 70 foi uma das mais ricas na história da moda. Até hoje, a época serve como inspiração para os estilistas que acabam trazendo de volta algumas peças. O período foi de revolução e marcou um salto no comportamento dos jovens, na música e na liberação sexual da mulher. Foi a época do Festival de Woodstock, do movimento hippie, da onda disco, etc. A moda também deu um salto. Para os homens, deixou de ser formal e ganhou um toque colorido e psicodélico. Para as mulheres, passou a ser romântica e despojada: com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas. Além disso, o unissex entra na moda com suas boca-de-sino e sapatos plataforma.
A moda glitter também emplacou nos anos 70: futurista, metálica e andrógina, personificada na figura do camaleão David Bowie. O "paz e amor" foi cedendo espaço à moda disco que aqui no Brasil atingiu seu ápice com a novela Dancin Days.

(...)
Esta é a moda que caracteriza os anos 70: hippies e românticos. Os revolucionários dos anos 60 começaram a se acalmar nos anos 70. O “hipismo” teve início em uma comunidade idealística que vivia em Haight-Ashbury, distrito de San Francisco, se esquivando da convocação militar para lutar no Vietnã.
Originalmente concentrada em um estilo de vida ideal, sem guerras e competições de ego, o hippie acabou virando modismo. O estilo hippie teve uma exposição global em 1969 durante o festival de Woodstock, em Nova York, influenciando milhares de pessoas a adotar o visual.
(...)
Os primeiro hippies rejeitavam o consumismo e olhavam para o Oriente como inspiração religiosa. A devoção a culturas e religiões exóticas foi absorvida também nas roupas. Sob forte inspiração étnica, ciganas, túnicas indianas, estampas florais e símbolos da paz se misturaram ao básico americano, como o jeans e a camiseta;
A onda do anti-consumo deixou os cabelos crescerem em desalinho. Elegeu os brechós como alternativa para agregar ao visual hippie ícones nostálgicos dos anos 20 e 30, como os chapéus desabados, veludos, cetins e estolas de pluma que ao serem usados por ídolos como Janis Joplin ou Jimmi Hendrix viravam manias;
O ácido (droga) estava sendo testado criando uma fase “psicodélica” que influenciou todas as expressões de arte, da música e da moda;
A onda do feito a mão valorizou tinturas especiais como o “tie-dye” e os trabalhos de “patchwork”, além de toda uma admiração ao artesanato manual que vende bem até hoje nas feiras chamadas de hippie;
Os estilistas cultuados na época eram Thea Portes, que fazia roupas com sofisticados tecidos árabes e turcos, e Laura Ashley, a dama do estampado “liberty”, ambos com lojas em Londres.
"Faça o amor, não a guerra" era o lema do início da década que acaba influenciando a moda. Entre túnicas batik, micros e maxi saias, o jeans acaba sendo o vencedor, de preferência surrado e cheio de enfeites. Quando a década estava terminando iniciava o fenômeno das discotecas, que no Brasil teve seu auge na novela Dancin' days.
Algodões estampados com pequenas flores (Laura Ashely), anáguas com encaixes de renda, chapéus de palha adornados com flores, cabelos “pré-rafaelistas” suavemente ondulados.
O oriente exerce influência e sedução, mas o domínio foi do “Flower-power - hippie”, nascido em São Francisco, na Califórnia. Os jovens vestiam jeans bordados de flores, pantalonas tipo “Oxford” e saias longas e vaporosas até o chão.
Inicia o domínio de materiais mais sinuosos e suaves, tecidos para todos os tipos de roupa e peças coladas ao corpo realçando a silhueta natural.
Com as mulheres se posicionando em cargos anteriormente ocupados por homens, surgem as roupas formais com um deliberado corte masculino e visual unissex. Cores predominantes
Coloridos, tons naturais, metalizados, violetas e bordô, ferrugem e alaranjados.
(...)

Para os homens, a roupa deixa de ser formal. Próxima ao corpo tem lapelas largas nos casacos e calças boca- de-sino. As camisas ganham estampas florais inspiradas em ídolos do rock psicodélico. Esta década transformou a roupa masculina, deixando-as mais coloridas e estilizadas
www.portalsaofrancisco.com.br

  • Cronologia
Esportes

    21 de junho de 1970 - Brasil tri-campeão da Copa do Mundo de Futebol, realizada no México.

    Em 1972, são realizados os Jogos Olímpicos de Munique (República Federal da Alemanha).

    Em 1976, são realizados os Jogos Olímpicos de Montreal (Canadá).
Tri-campeonato

Ciência e Tecnologia


    15 de novembro de 1971 - A Intel lança o primeiro microprocessador do mundo, o Intel 4004.

    Em janeiro de 1972 é lançado o Odyssey 100, primeiro videogame do mundo.

    1975 - A missão espacial Viking I explora o planeta Marte.

    A televisão em cores começa a se tornar popular no final dos anos 70.
Odyssey 100

Guerras, Golpes Militares, Revoluções e Conflitos

    11 de setembro de 1973 - golpe militar no Chile, liderado pelo general Augusto Pinochet, derruba o governo de Salvador Allende.

    Com derrota dos Estados Unidos, termina a Guerra do Vietnã.

    25 de abril de 1974 - Revolução dos Cravos em Portugal acaba com o regime militar no país.

    Abril de 1975 - começa a Guerra Civil no Líbano.

    Abril de 1979 - Revolução Iraniana.
Revolução dos Cravos

Política

    15 de março de 1974 - O general Ernesto Geisel assume a presidência do Brasil.

    9 de agosto de 1974 - Após o caso Watergate, Richard Nixon renuncia à presidência dos EUA.

    15 de março de 1979 - o general João Baptista Figueiredo assume a presidência do Brasil.
Ernesto Geisel

Economia

    1973 - Crise mundial do petróleo - OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) aumenta o preço do barril em mais de 300%.

    1973 - Início do projeto do Eurotúnel e lançamento do primeiro Airbus.

    Início da década de 1970 - Brasil vive a fase do "Milagre Econômico".

Música

    Março de 1970 - Depois de muito sucesso, acaba a banda de rock Beatles.

    16 de agosto de 1977 - Morre o rei do rock, Elvis Presley.

    Bandas de sucesso da década de 1970:
Deep Purple, Black Sabath, Rolling Stones, Led Zeppelin, Kiss, Aerosmith, AC/DC, Sex Pistols, The Clash, The Ramones, Bee Gees, Queen, Iron Maiden, The Police, Pink Floyd,

    Músicos que fizeram sucesso:
    - Brasil: Gilberto Gil, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Elis Regina, João Gilberto, Gal Costa, Tom Jobim, Erasmo Carlos, Rita Lee, Chico Buarque, Clara Nunes, Jair Rodrigues, Jorge Ben Jor, Raul Seixas, Tim Maia, Vinicius de Moraes,
    - Internacionais: David Bowie, Elton John, John Travolta, Donna Summer, Elvis Presley, Rod Stewart, John Lennon,  Bob Marley.


Televisão

    Programas que fizeram sucesso: Nacionais (Chico City, Vila Sésamo, Sítio do Pica-Pau-Amarelo, A Grande Família) e Internacionais ( Hulk, Cyborg, As Panteras, Havai 5.0)


    Desenhos que fizeram sucesso: Speed Racer, Pica-Pau, Pernalonga, Piu-Piu, Tom e Jerry, Gaguinho, Os Herculóides, Homem Pássaro, Popeye.   

 
Inté
e
Save Ferris



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