Dizem que série boa, cedo ou tarde, vira filme (e vice-versa).
Verdade ou não, o fato é que Agente 86 marcou e, portanto, não poderia faltar no Good Times de hoje!
Tudo começou com o sucesso dos filmes de James Bond na década de 1960. Os produtores, que eram fãs, idealizaram uma série de TV cômica com os mesmos temas, espionagem e Guerra Fria, para satirar o ídolo.
Don Adams foi escolhido para o papel de Maxwell Smart por que já tinha feito um detetive atrapalhado em outra série, anos antes.
O ator faleceu em 2005, vítima de pneumonia.
Mas enfim...
Sabe essas piadas bobas, simples, mas inteligentes, com toda uma sacada por trás? Agente 86 é recheada delas.
Lembro de um episódio que vi há alguns anos, quando a série era exibida pela tevê. Max não sabia que o agente Hyme era, na verdade, um robô infiltrado pela KAOS (dos vilões) no CONTROLE (dos mocinhos), que levava tudo ao pé da letra. Tipo: ao lhe pedir ajuda usando a expressão "dar uma mãozinha", o andróide começa a girar suas engrenagens, desenroscando a própria mão! Num outro momento: - Hyme, dê um pulo aqui! E lá vai o Hyme, com pulos largos...
Meus preferidos eram, claro, a 99 (Barbara Feldon), que nunca disse seu nome verdadeiro e era como o par romântico não-oficializado de Max; o tal Hyme - meu codinome na escola!; Nino, o cão-agente que só atendia em alemão; o Chefe e o Número 13, que era meio frustrado nos desfarçes (árvore, lata de lixo, armário - Max abria uma gaveta para guardar um arquivo e lá estava ele...). Os vilões ou eram alemães ou russos, então seus nomes eram impronunciáveis... (Siegfried falava-se "Ziguifridi")
Sem falar nos aparatos: a parede de vidro invisível, que a gente (e o próprio Max) só percebia que estava ativada quando ele dava aquelas gostosas testadas, os revolveres instalados em todos os cantos possíveis de seu apartamento - e até nos inimagináveis: chuveiro, abajur, sofá, lápis... Era o "velho truque da arma no lápis!"
Os mais clássicos, sem dúvida, eram o cone do silêncio, que ele - só ele - fazia questão de usar para assuntos mais sigilosos (e as variações como guarda-chuva do silêncio) e sapato-fone ( e suas variações, como o sorvete-fone, sabonete-fone e o chifre-de-boi-fone. Aliás, qualquer objeto poderia virar um transmissor de mensagens, desde relógios até azeitonas!). O problema com o cone é que ele fazia jus ao nome, logo não se ouvia nada dentro dele quando estava em funcionamento. Já o sapato-fone era mais eficaz, porém chamava muita atenção, como no episódio em que ele está num engraixate e, de repente, pede licença ao senhor para atender o sapato!
"
- Alô, quem fala?
- Como assim quem fala, Max? É o Chefe! Quem mais tem o número do seu sapato? "
Esses diálogos são constantes na série.
Outro que me marcou ocorreu numa espécie de sala, em que Max e um amigo "civil" estavam presos, prestes a serem expldidos por um canhão gigante da KAOS. O vilão era maestro e a tal sala ficava em uma casa de shows lotada.
Max: Você nunca vai sair livre dessa. Todos vão ouvir a explosão e você será preso!
O vilão aciona uma lavanca e um silênciador (!!!) tamanho-família se encaixa sobre o canhão... rsrs
Max: O céus! Esse é o segundo maior silênciador que eu já vi!
(sou eu ou soou meio Borat?)
Tenho o box da terceira temporada e um dos extras é um especial de aniversário da série (todos já estão beeeeem velhos). Don relembra esse momento, dizendo que foi muito difícil gravar, porque ele não parava de rir! Todos riam do silênciador gigante!
Abertura: Um show à parte
http://www.youtube.com/watch?v=EmnpWc3p59c&feature=related
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| Meu xodó! |
Curiosidades:
* Antes de ser eternizada como 99, Barbara Feldon era modelo, mas ficou conhecida mesmo por ganhar um programa do tipo "Show do Milhão" sobre a vida e obra de Shakespeare.
* Edward Platt, o chefe do CONTROLE era cantor de ópera - e, realmente, tem um episódio na terceira temporada em que ele solta o gogó e não faz feio!
* Nunca se soube o nome verdadeiro da 99, mas num episódio em que ela desiste da (dura) vida de agente para se casar com um milionário duas-caras, ela usa Susan Hilton. Depois que Max, claro, a salva, desmente que seu nome seja este. Aliás, pesquizando o nome de 'Siegfried', descobri que eles se casam e nem no casamento o bendito nome é revelado! Serial algo tipo "E você, 99, aceita Maxwell Smart..." - Eu já ouvi falar de pessoas que não gotam do seu nome, mas isso é ridículo!
* Já o nome do Chefe custa mas aparece. Numa armação da KAOS para invadir o CONTROLE, o Chefe é rebaixado por um suposto presidente dos EUA à agente secreto. Assim, é revelado que ele se chama Thadeus.
Alías, o engraçado é que a KAOS conhece a sede do COTROLE e vice-versa, mas eles ficam armando esses planos mirabolantes para invadir os prédios.
Frases imortais de Maxwell Smart
"Desculpe por isso, chefe" - Sempre que sobrava para o seu superior.
"O velho truque do..." - Como já foi dito, as bujigangas sempre surpreendiam - até mesmo o próprio Max.
"Você acreditaria em...?" - 86 usava essa para tentar minimizar uma situação exagerada:
Numa simples suposição:
Max: ... aí dei uma surra num gigante de 2 metros e...
99 - Max...
Max: Você acreditaria em 2 anões de 50 centímetros?
"...e vou adorar!" - Ele soltava sempre que era convocado para um missão difícil.
Chefe: Max, você precisa se infiltrar na márfia russa, descobrir a localização do desconfigurador de matéria e comunicar imeditamente ao CONTROLE. Qualquer falha pode culminar na sua morte. Acha que está preparado para isso?
Max: Não se preocupe, Chefe, eu vou e vou adorar!
(Aos que tenham reparado... Sim! Eu usei essa frase na "apresentação para o DRALIC" - lá no finalzinho!) - Essa e "O velho truque do..." eu uso o tempo todo...
Antes de me despedir (e salvar o Ferris),
Peço desculpas à todos por não ter postado semana passada...
Faculdade, meus caros: uma relação de amor e ódio...
Agora sim:
Inté e Save Ferris
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